Segunda Vida

Nunca havia visto tanta gente postar fotos das festas de fim de ano no facebook quanto eu vi no final do ano passado, a maioria fotos de reuniões familiares, de amigos, grupos de trabalho, sempre seguidos de vários likes e comentários. Não tem mais como negar a existência das redes sociais na vida das pessoas, tornando-se uma extensão da vida real e que definitivamente mudou  a forma de nos relacionar uns com os outros. Surge então uma segunda vida, que merece atenção e responsabilidade.

Em todo lugar, a qualquer hora, e por qualquer razão, as pessoas postam momentos de sua vida para todos verem o que está acontecendo, onde estão, com quem estão.

É evidente que as novas gerações já se relacionam diferente porque o contato se tornou fácil, rápido, e as distâncias se encurtaram. Com as amizades by facebook, podemos criar vínculos que nunca imaginaríamos ter. Eu por exemplo, troco mensagens com ´meu amigo´ Denis Russo Burgierman, diretor de redação da Superinteressante. Não perco uma coluna dele na revista, já na rede social, por ele ser um um cara super crítico, passando divulgador de temas inovadores, curto e compartilho vários posts superinteressantes. Se não fosse o Facebook, eu seria apenas um fã.

Foi o mesmo Facebook que conseguiu reatar grupos de colegas de escola e amigos que moram longe, das gerações dos ´entas´, recuperando muitas lembranças e histórias vividas, passando a conhecer um pouco, depois de muito tempo distantes, como anda suas vidas.

Como toda moeda tem dois lados, as redes socias servem também de suporte para pessoas solitárias que flutuam sob vazios existenciais, e expoem demais suas vidas e parecem ser necessitadas de likes para estarem felizes. Ainda bem que existe este espaço nas redes sociais para elas.

É evidente também que nem todos gostam das redes sociais, alguns acham perda de tempo, outros não querem expor suas vidas.

Na vida real ou na segunda vida somos livres para escolher. #viva-a-vida