Truffaut e as mulheres

A frase do diretor de cinema François Truffaut ´Não fujo do assunto, torno-o mais profundo´ já diz tudo o que preciso para começar esta crônica em homenagem  ao seu filme ´O homem que amava as mulheres´, que tanto  gosto, e que mostra um  Truffaut  apaixonado pelas mulheres.Ao tratar da mulher, Truffaut é sensível como qualquer adolecente apaixonado pela primeira vez, sensibilidade diferente da maioria dos filmes românticos. Eu nunca vi um filme tratar da mulher como este, talvez porque aprendeu a filmar as mulheres com Ingmar Bergman, considerado o mestre da Novelle Vague.

No filme, Truffaut mostra a entrega afetiva do homem pelas mulheres, e não a submissão da mulher ao homem.Sou outra pessoa depois de assistir este filme.

Não foi só Truffaut que me deu uma educação amorosa mas também Xico Sá, Pablo Neruda, Cazuza, Vinicíus e tantos outros ´apaixonados sem razão´, que sabem quanta delicadeza a mulher guarda em um sorriso, gesto,olhar, fazendo todos nós homens caidassos por elas.

Admiro aqueles que expressam em palavras, imagens ou canções a satisfação de ter a presença feminina ao lado, afinal, amar é a coragem de desconhecer, não é Carpinejar?

Quando me apaixono, quase que de corpo e alma, me sinto capaz de fazer tudo aquilo que não faria e ser tudo aquilo que não ousaria. O amor me nutre de coragem. Será que isso só acontece comigo?

Sou um vira-lata neste assunto, porque meu status ainda é de  ´maior abandonado´, já que muito me apaixonei mas nunca experimentei  o que é viver um grande amor, mesmo assim fico sempre inspirado e motivado a escrever minhas admirações ao ´sexo forte´, e confesso que não há folhas de caderno que resistam a quantidade de versos que escrevi e escrevo a todas a quem admiro.

Melhor ainda, amar ao som de Frank Sinatra, Nat King Cole, o adorável Chet Baker, que declamam de maneira elegante, o amor.