Bienal

Mal cheguei de uma super viagem e recebi a boa notícia que a turma da faculdade estava organizando uma excursão para a Bienal do Livro em São Paulo. E eu não fiquei de fora, depois da Califórnia, ninguém me segura!

Montei no ônibus seis e meia da matina, não fazendo expectativa de nada, como sempre.                                      Como gosto de uma boa aventura e não tive ao meu lado colega de viagem para conversar, fui cantarolando o caminho inteiro, somente observando as paisagens da estrada logo ao amanhecer do dia. Estes momentos me lembram os bons filmes como o clássico Thelma & Louise, o interessante Diários de Motocicleta e tantos outros ´road movies´.

Não sei se foi o café, mas depois da ´tão´ famosa parada no Frango Assado, meus miolos já ficaram a mil só de pensar na multidão de pessoas diferentonas, nos tantos livros bons (e baratos) que estariam a venda e principalmente se eu iria topar com algum literário, que não fosse  Paulo Coelho!

Na minha cabeça, imaginei ver na Bienal somente livros e mais livros, mas foi uma boa surpresa encontrar uma programação diversa acontecendo simultaneamente, como teatro, cinema e outras artes. Senti não ter tido tempo para nenhuma palestra, já que estavamos em grupo e escolhemos ver toda a feira, e foi assim que encontrei, a bons preços, muita literatura brasileira, sinal que estão fortalecendo a nossa alma tupiniquim que conta com uma das literaturas mais ricas do globo.

Claro que voltei para São José com vontade de ficar mais tempo na Bienal, ver aquela palestra do Manuel da Costa Pinto, conversar com pessoas diferentes, procurar com calma por obras que não encontro com facilidade…

Por sorte, pude desfrutar de mais uma pitada de Bienal em um dos meus programas prediletos, Metrópolis, que recebeu a visita do organizador da Bienal Mansur Bassit que juntamentte com Adriana Couto e Manuel da Costa Pinto, falaram sobre o sucesso do evento. Pudemos concordar que  o ponto forte foi a presença de jovens e crianças  ao redor dos livros, que bom, pois nas palavras de Monteiro Lobato, uma criança que lê será um adulto que pensa.