Como não sou Rubem Braga que quando tem assunto é ótimo e quando não tem é sensacional, confesso que passei por tantas coisas no mês passado, que nem sei sobre qual delas falar…
Minhas leituras que transitaram de uma coletânea de Federico Garcia Lorca à Walt Whitman foram surpreendidas pelo sociólogo do pós moderno Zigmunt Bauman e sua obra Tempos Líquidos, que encontrei em uma voltinha básica pela Livraria Saraiva.
Lidando com assuntos tão interessantes e distintos meus miolos nunca mais serão os mesmos. Acho que depois dessa, eu preciso ficar um bom tempo em abstenção de leitura ‘pesada’. Mas o que eu posso fazer? Essas coisas me perseguem…
Precisei estudar mais sobre a literatura do Walt para um trabalho da faculdade, mas já o conhecia pois assisti ‘Sociedade dos Poetas Mortos’ onde ele é muito comentado, e me simpatizei por sua personalidade de se manter fiel a um ideal, a uma filosofia. Quem ao longo da vida tem uma filosofia para seguir, com certeza leva uma vida mais leve, sabendo o que fazer nos momentos mais desafiadores.
Além de ter uma doutrina que me norteia, sou espírita, acredito em duas formas de pensar que são teoricamente simples: A primeira delas é o Yin Yang, aquele famoso símbolo chinês, que se baseia no equilíbrio entre as forças. A outra filosofia é a do Carpe Diem, um proverbio latino que pode ser traduzido como aproveitar o dia, ou viva a vida sem preocupações.
Acho que nos tornamos mais atentos a partir do momento em que nos dispomos a praticar estes ensinamentos, e criamos propósitos tornando nossa vida mais completa. Passamos a ser agentes de mudanças não somente em nossas vidas, mas também as pessoas ao nosso redor.
Quanto a Lorca, deixo que ele fale:
É Verdade
Ai quanto trabalho me dá
querer-te como te quero!
Por teu amor me dói o ar
O coração
e o chapéu
Quem compraria de mim
este cinteiro que tenho
e esta tristeza de frio
branco, para fazer lenços?
Ai quanto trabalho me dá
querer-te como eu quero!