– Praça Moderna-

Um pássaro a sentar no banco, próximo do comedor, canta uma suave melodia quebrando com o silêncio daquela tarde sem fim.

Pelas minhas costas, a cidade sorri amarelamente, pelo fato das folhas outonais abrirem um tapete, servindo assim, como feira para os passarinhos fazer seus ninhos.

Tudo fica sereno, estéril, a brisa passa… o vento leva meu pensamento… além das correntes literarias lusitanas, passando pela grande muralha chinesa, e para me presentear, volta para mim na forma do sutil sussurro que você transmite a minhas orelhas, insinuando sensações que o amor lhe proporciona.

Pela praça, vejo jovens estudantes discutindo, pelo que me parece, os rumos da filosofia moderna, e como ela tem uma relação intrínseca, hoje, com a politica mundial.

Mas vem como uma nuvem de fumaça em meus neurônios, o alarme dos compromissos que preciso ainda cumprir, antes que o dia ceda à noite, o privilégio de visitar seus filhos.

Antes de partir, respiro todo o ar que posso, sinto parte da brisa que, carinhosamente, fazem meus pelos arrepiarem, pois sua massa de corrente fria é tamanha, que olhando ao céu, percebo que o tempo irá mudar…pois nada nesta vida, é estático, como uma tela de televisão.