Meu nome é Regiane, e sou uma neurótica em recuperação. Cheguei ao N/A quando, em outra Irmandade de Anônimos, ganhei um presente precioso, que foi o livro As Leis da Doença Mental e Emocional. Quando o li, vi que minha mãe precisava de ajuda, então fui à reunião para ver se em seguida conseguiria levá-la.
Quando me dei conta, o Poder Superior me levou lá e o presente precioso era para mim mesmo. Comecei a olhar para mim e encontrar uns sentimentos não tão bons. Trabalhava anos a fio sem férias para guardar, guardar, guardar, para quê?
Pasmem? Pagar o meu asilo quando envelhecesse.
Com a ajuda do Grupo, fui transformando essa avareza em desprendimento. O dinheiro guardado virou um carro zero, “mas” eu não conseguia dirigir. Continuei meu tratamento, vi que a vida não sou eu quem dirige, mas um Poder Superior a mim, Deus como O concebo. Quando senti isso me desprendi do medo e gostei porque hoje vou onde for preciso.
Querer controlar a vida também me deixava frustrada. Eu queria ser mãe, mas tinha muito medo. Com a ajuda dos companheiros, da literatura, me desprendi também deste medo e ganhei um presente mais precioso ainda, uma criança que é muito inteligente e sadia.
Agradeço ao meu marido pelo incentivo que me dá para ir às reuniões, pelo bom humor e amor comigo e com nosso filho.
Continuo o meu tratamento, não quero voltar ao fim da fila. Tenho certeza que o
Poder Superior acredita em mim e sabe que posso ser um ser humano ainda melhor.
Adquirindo a plenitude do desprendimento que é a capacidade de amar a mim e ao meu semelhante.
Paz e Serenidade Grupo Reviver/ Santo André – SP
Segundo Lema
Devagar se vai ao longe
Precisamos tomar cuidado com a tendência neurótica de exigirmos resultados imediatos em tudo que fazemos.
É muito comum acharmos que, pelo fato de termos ingressado em N/A, nossos problemas devem ser solucionados sem demora. Não há dúvida de que encontraremos solução para eles através da prática do Programa, mas isso é coisa que irá acontecendo aos poucos.
Nosso Programa de Recuperação é um roteiro para toda a vida e não, apenas, um paliativo para soluções momentâneas.
O importante é procurar praticá-lo com sinceridade e constância, aplicando seus princípios dia a dia. É dessa forma que ele nos proporcionará uma progressiva melhora, possibilitando-nos solucionar gradativamente nossos problemas e ter, também, o equilíbrio necessário para aceitar os que não possam ser solucionados.
O apressamento poderá resultar em tensões e frustrações, e isso é precisamente o que devemos evitar.
Este Lema nos sugere, portanto, que tenhamos calma e perseverança para podermos chegar bem longe em nosso processo de recuperação…
(Segundo de Sete Lemas)
